segunda-feira, 18 de julho de 2011

B-777 versus AIR-BUS

B-777 versus AIR-BUS.



Não estou aqui para fazer propaganda da Boeing, fabricante do B-777, em minha opinião o melhor e o mais seguro avião bimotor comercial atualmente em operação no mundo. Gostaria de pilotá-lo; mas não gostaria de pilotar um AIRBUS, este avião francês que - e isto eu ouvi dizer de experientes pilotos que operam esta aeronave - em várias condições de vôo sobrepuja e por vezes até anula os comandos do piloto, quando se faz necessário, por exemplo, uma manobra evasiva para evitar uma colisão.  Esta manobra será recusada, pois ele não aceita “comandos bruscos”. Um avião assim para mim não é um avião!

Parece até que os engenheiros aeronáuticos franceses, desconfiados das limitações dos “pilotos humanos”, deixaram tudo sob o comando de “pilotos automáticos”... Construíram um avião que praticamente independe de pilotos; são aviões caríssimos. Custam milhões mais milhões de dólares. São “auto-suficientes”... Parecem mais enormes aeromodelos, pilotados por sofisticados computadores. “Santos Dumont” jamais poderia imaginar que sua invenção se tornasse assim tão elitizado, tão virtual, tão diferente do seu 14-bis...Um avião com comandos de vôo “fly-by-wire” totalmente potenciados e dependentes de energia elétrica, e outras perigosas modernices. Mas, contudo e apesar de tudo, são aviões que estão aí, voando no mundo inteiro, inclusive nos EUA, e que transportou o presidente Lula por este mundo a fora, durante os oito anos do seu governo (?). (Aviões que se parecem muito com essa nossa triste seleção de futebol... Para mim, perder pênaltis é o mesmo que “pousar sem trem”... rsrsrsr).

Chego então à conclusão que um avião assim foi feito para transportar exclusivamente altas autoridades, VIP’s, brigadeiros, e feito para voar somente em “céus de brigadeiros”... E não para enfrentar fortes turbulências, e muito menos os perigosos CB’s, (cumulus nimbus) verdadeiras “montanhas de gelo” que “voam” na famosa e temida de todos os pilotos, as famosas “FIP”, frentes intertropicais, onde até mesmo (supondo-se é lógico) um navio, “voando” a 800 Km/h, penetrando no olho desses CB’s, logo se desintegraria...  E os dois co-pilotos do AF 447 -- que na hora do acidente estavam no comando das operações (o comandante estava dormindo, descansando, o que é previsto nestas longas travessias oceânicas) --  sendo franceses, com mais razões deveriam saber dessas limitações. Eles foram ousados até demais ao querer desvendar os segredos daquele CB, provocando sua ira que desintegrou o AIR BUS, e todos os seus inocentes passageiros, e tripulantes.

Mas certamente continuarão por muito e muitos longos anos as “justificativas”, os embates de grandes advogados pagos regiamente para serem a favor ou contra, colocando a culpa ora no “tubo de Pitot”, ora em falhas de outros sofisticados equipamentos, falhas de projetos e outras sutilezas jurídicas tentando tapar o sol com peneira, já que estão em jogo muitos e muitos milhões de dólares, a morte de passageiros famosos, o nome da empresa construtora, num jogo sujo de empurra-empurra, onde os familiares das vítimas continuam sendo os maiores sofredores. Os mortos não sabem se defender... E os sofrimentos dos familiares das vítimas me parecem que nunca chegarão ao fim...  



Coronel Maciel.








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