segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CONVERSANDO COM DEUS E COM NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

O meu barbeiro é um “crente militante”. Um crente, ou melhor dizendo, um evangélico convicto e profundo conhecedor dos “segredos” contidos nas entrelinhas da sua já cansada Bíblia, e um jeito muito seu de interpretá-la. Um jeito de quem nunca leu outro livro a não ser este seu inseparável amigo e eterno companheiro. Ele costuma me dizer que é assim, lendo a Bíblia, que consegue conversar com Deus... – Com Deus?... – Sim, senhor! – Com Deus! -- Com Nosso Senhor Jesus Cristo...

Dia destes, sentado na minha “cadeira cativa”, eu lhe dizia ser o mais novo leitor do seu livro preferido, coisa que muito o surpreendeu... -- Mas logo o senhor que vive dizendo “que graças a Deus é ateu”?...  Depois de muita conversa fiada e abusando da sua santa inocência, perguntei como foi possível a Moisés, ao defrontar-se com o Mar Vermelho, que não é um mar pequeno, disse-lhe eu -- estendeu as mãos e logo o grande mar se dividiu em duas enormes muralhas, permitindo que o povo hebreu, fugindo do Egito, o atravessasse, enquanto que os exércitos egípcios, que os perseguiam, afogaram-se, quando, milagrosamente, as águas se juntaram novamente! -- Eu acho, disse-lhe em tom de brincadeira, mas de olho na sua navalha afiada, que nem numa banheira Moisés conseguiria fazer tão prodigioso milagre... -- E Matusalém, perguntei de novo -- que conseguiu viver 900 anos? - Me explique essa? – “Essa”, ele respondeu em cima da “bucha”:- - Ora, ora, ora! -- Porque naqueles tempos, disse-me de um modo professoral e já com a navalha em riste apontando pra mim, era muito fácil viver... -- Não havia poluição nenhuma, nem os homens viviam metidos em farras, cachaça e violão, meu amigo... -- Nem havia tantas mulheres “dando sopa por aí” -- ao mesmo tempo em que censurava o meu olhar duvidoso...

Eu só queria ter um pouco da imensa fé que o meu velho barbeiro tem...

Coronel Maciel.








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