quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

RATOS, MORCEGOS, LULAS E GUABIRUS.

Vizinho a casa onde eu passei minha doce infância, na quente, úmida e mui linda cidade morena Belém do Pará, havia um quintal enorme, embelezado por uma frondosa “sapotilheira”, cujos frutos faziam as delícias dos morcegos. Hoje quase nada restou daqueles quintais, substituídos que foram por verdadeiras selvas de pedras...

Espantávamos os morcegões estendendo um pano branco feito uma bandeira, e não sei o porquê, mas amedrontavam os pobres dos morcegos. Havia também muitos ratos, ratinhos e ratões. Havia toda espécie de frutas exóticas da região: taperebás, uxis, mangaba, araçás, graviola, abiás, goiabas, acaí, bacaba, pupunha, abricós; (de mangas nem se fala, pois Belém é a cidade onde há mais mangueiras em todo o mundo... Túneis de mangueiras...).

Não esqueço a infinidade de pequenos animais: paquinhas, aranhas, grilos, centopeias, lagartos, calangos, umbuás, lagartixas, escorpiões, saúvas, aranhas, aranhas caranguejeiras; gatos, galos, galos de briga, galinhas, patos, perus; “Dákel”, o meu cachorrinho preto linguiça de estimação... Uma infinidade de pássaros, passarinhos, urubus, corujas, pombos, beija-flores, bem-te-vis, canarinhos, todos habitantes daqueles enormes quintais da redondeza. Tudo de possível e imaginável de bom para alegrar aqueles meus bons tempos de criança havia por aqueles imensos quintais. Atrás de casa havia uma grande rinha de “briga de galos”...

Mas eu não gostava nada de ratos; principalmente os enormes ratões “guabirus”. Destes, eu não tinha dó, nem piedade; comigo eles eram tratados na “paulada”, pois devoravam tudo que havia, até os meus lindos pintinhos amarelinhos que eu criava com tanto carinho... rsrs.

 Não sei por que toquei agora neste assunto. Talvez porque, falando em ratos, eu me lembrei do Lula e da dona Dilma. Dois indignos representantes dos ratos guabirus.

O general Golbery do Couto foi um dos maiores “crânios” do Brasil; um grande intelectual; um grande estrategista político. Não sei por que, nem qual o motivo, qual a razão dele haver se esforçado tanto para fazer de um retirante das secas nordestinas; transformar um cachaceiro; um arruaceiro de beira de fábrica, no maior líder sindical do Brasil, permitindo até que ele criasse e se transformasse no dono de um partido político! -- Um homem que não tinha origem partidária, nem referência política nenhuma. Lula acertou na mega-sena da sorte política. -- Foi muita sorte mesmo? -- Foi a sua “estrela vermelha”? --  As "bolsas -- esmolas"? -- Ou teria sido obra de Exu, o diabinho dos terreiros de macumba, que criou o seu irmão, o “Exu de Quatro Dedos”? -- Ou foi tudo obra do “bruxo” Golbery? -- Não sei; não sei.

Só sei que Golbery não concordava com os generais da chamada “linha dura” de 64, sendo mesmo “odiado” por eles. Golbery chegou a ser tachado de entreguista, e até, creiam em mim, de comunista, pelos generais linha dura. Apesar de ter sido um dos maiores “teóricos” do movimento político-militar de 1964, foi um dos que mais se destacou pelo abrandamento da “linha”...

Golbery na verdade foi o criador do Lula. “Inventou” o Lula na esperança de que ele se tornasse uma espécie de “general civil anticomunista”. Meticulosamente criado por uma grande trama do Golbery, na esperança de que ele, com a criação do Partido dos Trabalhadores, substitui-se o Partido Comunista Brasileiro, o PCB, da “cabeça” dos dirigentes dos sindicatos, dos estudantes, das escolas e universidades. Ledo engano...

Foi um erro, um descuido, um engano do grande estrategista político Golbery, pois Lula na verdade acabou se transformando num verdadeiro “Guabiru”, aquele ratão valente, ladrão, de orelhas redondas, mentiroso, cínico, adulador, tudo conforme as circunstâncias.

Como todos os ratos que sobem velozmente pelas árvores, Lula subiu rapidamente pelas bordas da politicagem brasileira, conseguindo colocar a sua ratinha de estimação na presidência da república, hoje desfilando, guinchando pelas ruelas cubanas, visitando os paredóns do seu amigo Fidel Castro, esquecida dos milhares de nossos irmãos cubanos que hoje estão mofando, morrendo de fome nos cárceres, nos “porões da ditadura cubana”.

Muitos poderão censurar minha falta de respeito para com um ex-presidente e uma atual presidente; mas recordo-lhes que também estamos cansados de ser tratados como gorilas, torturadores, criminosos, assassinos... 

Coitadinhos de nós, rodeados que estamos de ratos guabirus petistas, danados a comer o queijo e a beber o leite das nossas pobres criancinhas...

Coronel Maciel.


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