domingo, 14 de outubro de 2012

Alguma coisa acontece...


Alguma coisa acontece no meu coração quando eu vejo tanta bandalheira, tanta coisa errada acontecendo no meu querido Brasil. Eu não era uma criança muito bem comportada; não! Fazia coisas do arco da velha! Mas coisas que toda criança normal gostava de fazer em Belém; empinar papagaio, jogar peteca; pegar pião na unha, peladas com bolas de meia; “roubar” frutas tão gostosas de roubar pelos quintais da vizinhança; coisinhas assim. Mas não gostava de ir às missas todos os domingos; nos dias santos e santificados; nem de viver rezando terços; nem de ficar debruçado nos livros... Minha avó então me chamava para contar a história de um menino que, agora um rapaz, havia sido condenado à morte, e no dia azarado, ao se despedir do pai, em vez de um beijo, arrancou-lhe foi um pedaço da orelha, jogando-lhe toda a culpa de ter sido condenado, porque não ter sido bem educado; ter crescido com as rédeas soltas; sem limites. Eu ficava com medo, mas não me corrigia... Mas acabei me corrigindo, depois de meter os cornos nos livros e mais por culpa dos que se deixaram enganar, ao mui elevado posto de Coronel-Aviador, hoje na reserva e ganhando menos que um ascensorista de elevador do senado federal!  Não sei se me explico bem... rsrsr.

Sempre me entristece ver o desmoronar de uma crença; o desmoronar de famílias tradicionais; o desmoronar de um partido político, como acontece hoje com o PT. Todos nós sabemos como foi fundado o PSDB do Zé Serra e do FHC.  Para os que não sabem, foi assim: no governo desastrado do Sarney, o hoje dono da capitania hereditária do Maranhão, houve uma época que ele estava tão mal, tão perdido, tão desacreditado, tão por baixo, tão fudido, que urgia uma imediata providência. Inventaram então o “Plano Cruzado”. Salvava-se a economia do Brasil com um remédio inusitado: Decreto-Lei. Criaram os “Fiscais do Sarney”. Zeraram a inflação. Bom; não vou agora descrever todas as malandragens costumeiras do Sarney. Mas, encurtando a história: Sarney conseguiu eleger 22 governadores e a grande maioria dos constituintes. Mesmo que para isso tenha reduzido nossas reservas cambiais em algo no entorno de sete bilhões de dólares, o que era muito dinheiro naqueles malditos tempos. Foram tantas as sacanagens feitas que dariam para escrever um livro grosso.  O PMDB elevava-se aos “píncaros da glória”...

Mas a alegria durou pouco, como duram pouco os castelos construídos nas areias da beira do mar. Quando viram que o barco estava afundando, ratos pularam fora e fundaram o PSDB: o partido de ratos fujões...

O PT quando foi criado não era um partido só de bandidos, como nos parece hoje; não! Nada disso! Havia muita gente boa nas suas “hostes”. Mas erraram quando fizeram o mesmo que fizeram os ratos que fugiram do PMDB. Quando aqueles homens e mulheres que ajudaram a criar o PT -- pessoas dignas, de caráter, probos, íntegros, corretos -- perceberam que estavam sendo iludidos, enganados pelos dois maiores filhos da puta do mundo, o Lula e o Zé Dirceu, dois “felas” que só traiam a “ideologia” de um partido que julgavam o partido certo para implantar seus “sonhos”; quando perceberam que o único objetivo dois era o de alcançar a qualquer preço o “poder pessoal”, cometeram um grave erro: pularam para fora do barco e foram fundar outros partidos com os mesmos ideais que inicialmente norteavam o PT. -- Erraram! -- Deveriam, isto sim, ter expulsado, defenestrado, capados os dois, qualquer coisa assim; mas não: foram embora, deixando o PT nas mãos dos dois bandidos.

Os que resolveram continuar no barco, inocentes úteis (?), estão aí sendo julgados e condenados pelo STF. Não perceberam que estavam sendo vítimas do esquema mais tenebroso já bolado no Brasil. Mal comparando, da mesma forma que os criminosos nazistas que -- para se inocentarem -- diziam que não sabiam de nada; que cumpriam ordens do cabo Hitler...

Fiquei mesmo com muita pena, muita pena mesmo da Miruna Genoíno, solidária com o sofrimento do pai numa carta lida pelo senador Suplicy, que até chorou lá do alto da tribuna do senado, o bebé chorão...

“Me desculpe”, Miruna: mas não acredito na ingenuidade, nem na inocência do seu querido pai, embora acreditando que ele, como você nos afirma, seja um pai amoroso, avô dedicado e apaixonado pelos netos e coisa e tal. Mas não acredito nem um pouquinho em tanta ingenuidade... Me desculpe, sim?

Vou ficando por aqui; vou ligar a televisão e assistir ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré, na minha querida cidade morena de Belém do Pará, a maior festa religiosa do norte, quiçá do Brasil!

Coronel Maciel.