terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ditosos palavrões!


Não suje seu BLOG com tantos palavrões, alguém me diz... --- Ora, ora, ora, “porra”! – nada melhor que um bom palavrão para baixar nossa pressão!  Em poucas palavras, uma, duas, três, dizemos tudo o que merecia ser dito! -- Raivas, prazeres, gozos, medo, tudo! Muita gente boa; escritores famosos; não sei se o Sarney, o “Marimbondo de Fogo”; mas grandes escritores, expoentes de Academias de Letras, cardeais famosos dos tempos medievais, madres superioras, meninas de colégios de freiras, todos na hora da raiva, soltam a língua; alguns até na hora da morte, amém...

Na primeira vez que fui me confessar, isto naqueles tempos em que eu ainda acreditava em muitas “coisas” -- coisinhas à toa, na minha pecadora opinião, fiz um “rol” dos meus pecados, tanto os veniais, como os “mortais”, todos eles, para sussurrar nos ouvidos do padre. -- Todos, coronel? -- Nem todos, nem todos... Não teria nunca coragem de dizer que eu já estava cheio das impurezas daqueles “prazeres solitários”, vulgarmente conhecidos como masturbações...

Terminada a penitência -- nem me lembro  mais de  quantas ave-marias,  quantos “creio em Deus padre todo poderoso”, fui obrigado a rezar, para que meus pecados fossem  perdoados --  e sem saber se era mesmo o padre, ou o meu arrependimento que me salvaria do” fogo eterno”, voltei pra casa um tanto quanto muito apavorado, pois o padre me dizia que se peca até por pensamentos... -- Nossa!  

A minha “primeira comunhão”, só no dia seguinte, -- vestido todo de branco e com vela na mão. Um anjo! -- Até lá, até chegar a hora da hóstia consagrada, nada de pecar... Nem pensar! -- Mas como evitar então os “maus pensamentos” que naqueles tempos já perseguiam minha santa inocência?  Chegando em casa, fui logo me deitar. Nada de ir brincar na rua, lugar onde se aprende os maiores palavrões! Nós só dormíamos em gostosas redes em minha casa, em Belém. Fui me deitar cheio de pudores, com medo até de sonhar! Sonhar com tantas “imundícies”...  Eu era uma criança, confesso a vocês, uma criança só um pouco inocente, porquanto eu era muito, muito perseguido por muitos maus pensamentos... Perdi minha santa “inocência” por causa da Marta Rocha, com suas duas polegadas a mais, muito sensual e provocativa, num mal comportado maiô, posando nas capas das revistas da época. Quanta diferença dos dias de hoje... Hoje eu não peco mais!

Coronel Maciel.