quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fernão de Noronha: a ilha dos amores!


Afrodite: a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega. Dizem que Noronha é uma ilha afrodisíaca. Aqui no nordeste muitos acreditam -- principalmente aqueles velhos mais “enxeridos” -- que ovos de codorna são afrodisíacos: “Eu quero ovo de codorna pra comer... O meu problema ele tem que resolver...” rsrsr.

Quando fui gozar as delícias oferecidas pela minha santa reserva remunerada, eu ainda não havia perdido o vício de voar; voar, voar, voar, era um dos meus maiores vícios; um deles... Hoje já não posso mais... Fui então voar num “Bandeirante”, ora transportando cartas, jornais, revistas, Sedex dos correios, nos trechos Natal/Recife/Natal, ora transportando turistas de Natal pra Noronha. A minha vida era um vidão!

Um belo dia, era um sábado, dia da nossa folga, quando fui acionado para transportar sete turistas Italianos que haviam fretado o Bandeirante. Eu estava em plena praia, comendo uns belos camarões dourados, acompanhado de “louras geladíssimas”... Mesmo assim, lá fui eu para o aeroporto cumprir com minhas obrigações...

 Na hora do embarque, uma grande surpresa: sete lindíssimas garotas, também “fretadas”, os acompanhavam. Perguntei para o despachante se o embarque das “meninas” estava previsto. Ele disse que não... Mas como o avião estava mesmo fretado, e as garotas eram as coisinhas mais lindas do mundo, autorizei logo o embarque...

Sempre gostei de tocar violão; gosto de cantar uma canção muito orquestrada interpretada pelo Frank Sinatra, “New York, New York”. Outra: “My Way”... Gosto muito também daquelas músicas do fabuloso Nelson Cavaquinho; do Lupicínio; só não gosto de pagodeiras, mesmo esses pagodes metidos a românticos...

Mas voltando ao assunto; durante o voo, (parece que voo não tem mais acento...) com o avião já bem nivelado, voando calmamente em cima das nuvens, quando vem uma das meninas, completamente “à vontade”, com aquele perfume de mulher, me perguntar se elas poderiam fazer um desfile pelo corredor do Bandeirante... Ora, o corredor do Bandeirante vocês sabem o tamanho que ele é... 

Aprovei de imediato a grande ideia; mas nas seguintes condições: desde que elas viessem até bem pertinho das manetes, para que eu pudesse avaliar melhor seus desempenhos na passarela...  Elas riram e iniciaram o desfile... Que beleza... Os italianos deliravam... Voavam...

Passamos uma noite e tanto em Noronha; arranjei logo um violão e nos divertimos muito. “Amore, amore”, cantavam os Italianos. -- New York, New York cantávamos nós. Nunca vi tantas latinhas de cerveja na minha vida. No auge da brincadeira, uma das meninas sentada ao meu lado gritava alto:- - Acaba agora não, mundo bom!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Na volta, domingo à tardinha, voando num topo bem definido, eu mostrava às meninas o sol se pondo lá na frente, dourando as nuvens, antes que a noite transformasse aquele "ouro azul" em "carvão"...

Que tempo bom!

 
Coronel Maciel.