sábado, 22 de dezembro de 2012

A onça e o negro; o negro e a onça.


Na feliz expectativa da prisão imediata dos bandidos dos Mensalão, estava relendo a “Vila dos Confins”, do mineiro de Monte Carmelo das Minas Gerais, o grande escritor Mário Palmério! Eu, que tinha certeza absoluta que o Ministro Joaquim Barbosa não iria decepcionar os milhões de inocentes brasileirinhos, bem nas vésperas do natal do nosso salvador. Mas qual o quê. O “negão” botou o galho dentro. Escafedeu-se. Amarelou com medo das onças do PT.  Lembrou-se do caso Celso Daniel, o prefeito de Santo André que foi sequestrado, morto e encontrado com o corpo crivado com sete entradas de bala, com a boca aberta, cheia de formigas...

 Pois é! -- Quem tem cu tem medo, acaba de me dizer, levemente ruborizada, a madre superiora do convento de São Benedito. E quem quiser que vote nele para presidente, porque eu mesmo não voto mais não... Numa das páginas dos “Confins”, leio: -- Negro visto por onça é negro comido, e -- Onça fica louca quando vê um negro, porque dizem que a carne é sadia e o sangue doce.  -- E negro quando amarela? -- pergunto eu ao finado Mário Palmério. Nunca pensei que o Ministro Joaquim Barbosa, o nosso “Medalha de Ouro”; a nossa maior esperança, fosse amarelar...

Mas amarelou, fudeu-se. -- E fudeu, com as nossas tímidas esperança de ver os criminosos na cadeia.

Negro quando não caga na entrada, caga na saída, é o que diz o dito popular. E foi o que aconteceu... -- Puta que o pariu! Estamos mesmo fudidos e mal pagos.

E palmas para o procurador-geral da República, o corajoso Roberto Gurgel, que ficou temeroso de que a negativa do ministro Joaquim Barbosa em relação ao seu pedido de prisão imediata dos réus do mensalão "reforça a preocupação com a efetividade da decisão do Supremo Tribunal Federal e o temor de que se passe muito tempo até o efetivo cumprimento das condenações”. E que tudo vá terminar em merda, como tudo termina neste Brasil, tão grande, tão amado e tão traído, completo eu, mais temeroso ainda!

Quem me dera que o mundo hoje se acabasse. -- Puta merda!

Coronel Maciel.