sábado, 5 de janeiro de 2013

Último ato da Paixão de Cristo.


Do jeito que as coisas andam neste Brasil tão grande tão amado e tão traído, eu não posso acreditar na justiça brasileira. De jeito nenhum!  Enquanto o banditismo galopa e a corrupção avança, a justiça empaca, não anda; ou quando anda, anda pra trás, feito caranguejo, pois continua permitindo que bandidos continuem livremente assumindo altos cargos nesta republica de bananas. Quem me pode garantir que o tão festejado ministro Joaquim Barbosa não seja um novo Judas? – O que existe no mundo que se possa comparar àquele último ato da Paixão de Cristo quando, naquela singela santa ceia, ao lado dos seus discípulos, Jesus já sabia que um deles já o havia vendido por uns tantos dinheiros? Quanta angustia na sua alma, quando o falso amigo se aproxima Dele, para traí-lo com um beijo! – Peço a Jesus, o nosso salvador, que eu esteja errado! Mas nunca me esqueço de que  o Joaquim Barbosa foi um dos escolhidos a dedo pelo abominável exu de quatro dedos para ser ministro do STF! E nós sabemos que o Lula não joga pra perder e que é capaz de subir no pescoço da própria mãe para subir na vida...

Não deve o sapateiro ir além dos sapatos; que devemos deixar a difícil missão de julgar a quem de direito.  Todo mundo anda dizendo que o Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa agiu certo na hora de cobrar “o pênalti”, chutando a bola pra fora! -- Eu, não! Eu, em minha sempre rasteira opinião, achei errado! Erradíssimo! Deveria ter mandado pra cadeia todos os bandidões do mensalão, sem esperar pelo tal “transitado em julgado”, coisa que sabemos que nunca vai chegar! -- E as sutilezas jurídicas, os equívocos, outros equívocos; os casos, outros casos; todas as chicanas, todas as sacanagens que irão acontecer? -- Mas, e se depois os seus pares, o plenário do STF resolvessem o contrário, mandando abrir vexativamente a porta da gaiola? -- Ora, pediria então as contas; pediria o chapéu; deixaria a presidência em outras mãos, quem sabe “mais competentes” e iria tomar seus benditos “chopes” pretos, acompanhado dos mais deliciosos tira gosto, como sói acontece no “Bar do Luís”, lá no centro Rio, lugar que o ministro Joaquim tanto conhece!

Dizem que eu estou errado. -- “Que os meus versos não contêm mensagens, são palavras frias sem nenhum valor”, como nos versos do Lupicínio Rodrigues. Mas, enquanto essa tão sonhada “democracia” não nos chega, os juízes deveriam cortar o mal pela raiz, como se faz na seleção de candidatos a cargos públicos, para ingresso nas Forças Armadas, e até para selecionar nossas “auxiliares domésticas”, quando qualquer pretendente que não tiver sua “ficha limpa”, não entra... -- Então, que se mude a Constituição, dizem os poderosos integrantes do nosso poder Judiciário, lavando as mãos como um bando de “Pôncios Pilatos”... Ah! -- Mas como eles sabem interpretar muito bem as leis quando querem aumentar seus altos salários...

Mas, já que eles, os juízes, não se acham culpados de nada, pois “não somos nós que fazemos leis”, como eles se justificam -- então que se entregue novamente o Brasil nas mãos dos generais para mais uns vinte anos de muita paz, progresso e tranquilidade, sem milhares de balas perdidas zunindo sobre nossas cabeças. Mais vinte anos de desenvolvimento sem esculhambação e não, esculhambação sem desenvolvimento! É o que meus ouvidos andam escutando por aí...

(O que será, que será?

 Que vive nas idéias desses amantes?

 Que cantam os poetas mais delirantes?

 Que juram os profetas embriagados?

 Que está na romaria dos mutilados?

 Que está na fantasia dos infelizes?

 Que está no dia a dia das meretrizes?

 No plano dos bandidos, dos desvalidos?

O que será, que será?

 Que andam suspirando pelas alcovas...

Que estão falando alto pelos botecos...)

 Coronel Maciel.

PS: -- Por onde anda o Chico Buarque, hein?