segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Casinha branca, verde, amarela...


“Eu só queria ter na vida simplesmente um lugar de mato verde pra plantar e pra colher...” (Gilson Campos)

O bairro onde eu moro, era um bairro tranquilo, muito bom de se viver. Era. Pertinho daqui, uma casa, um “palacete” desses bem tradicionais e antigos, foi transformado em um inocente “barzinho”. Como ninguém reclamava, foi crescendo, crescendo e transformou-se num “barzão” incrivelmente barulhento: música ao vivo; carrões estacionados na rua e no meio da rua. Um inferno. Uma família que há longos anos morava vizinha, depois de muita luta, inglória luta, foi obrigada a mudar-se, para não enlouquecer.

Vizinho ao condomínio onde moro, outra palacete esta começando a seguir os mesmos passos. Ninguém reclama, ou melhor, só o besta aqui reclama. O dono do incipiente barzinho é amigo do dono de uma empresa de vigilância noturna, que usa motos incrementadas com sirenes muito parecidas com as sirenes dos carros de polícia. Uma, duas da madrugada, lá vem a moto “sireneando” alto, avisando aos já muito bêbados clientes do bar, que chegou com cigarros, e outros pedidos dos seus “clientes”. Entrega os pedidos, aproveita para tomar um trago, e sai com a força do cão, com toda potência da sirene ligada, como para dizer que está vigiando as casas que pagam regiamente pelo inútil serviço de vigilância. Somente eu inutilmente reclamando; todo mundo achando melhor não reclamar; adaptar-se, ou morrer, pois o dono da empresa de vigilância, bem como o dono do bar é amigo de “gentes importantes”, frequentadores do bar.

Se faço esses arrodeio todo, meus caríssimos ouvintes, é “por causa de que” ontem recebi um longo telefonema de um amigo meu que mora na Bahia de Todos os Santos e do pai de santo Jubiabá, dizendo-me  que é melhor eu mudar de time e passar a apoiar a dona Dilma, como ele, que era contra e agora apoia o PT. E entre muitas outras “boas razões”, a compra desses  caças suecos, e de uns velhos “eletras” adaptados na Espanha para combater “submarinos americanos” que porventura queiram se apossar dos nossos poços de petróleo.  E que -- também atendendo outro grande amigo dele, brilhante oficial que mora em Brasília e que também é contra alguns dos nossos que continuam querendo, usando para tanto “balas de ilusões”, derrubar o governo Dilma.

Fico triste e pensando assim: é verdade!-- Ora, ora, ora “velha águia hangarada” -- se nem os americanos, os mais ricos e poderosos xerifes do mundo, não conseguiram nem conseguem derrubar o governo do Fidel, como sonhar que uns idealistas como nós (alguns de nós...) queiram derrubar Lula e sua imbatível “corriola”, todos eles filhotes do imortal Fidel Castro?

Não devemos expor assim tão facilmente as nossas esperanças, sonhos e ideais, sob pena de sermos mal compreendidos e consequentemente expulsos, infelizes e derrotados, do paraíso, este arruinado e caindo aos pedaços Brasil.   

Minha vó sempre dizia: meu filho, quem muito se abaixa o “fiofó” aparece, e algum aventureiro pode aparecer e, vupt, comer...

Coronel Maciel.

 

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