quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Quem foi ao Pará, parou; tomou tacacá, ficou!


Como vocês todos sabem, sou paraense “da gema”. Nascido e crescido na velha “cidade velha”, pouco depois fui morar no novo bairro do Umarizal, na travessa Dom Romualdo de Seixas, quando ainda não era asfaltada e com seus postes de ferro no meio da rua. Era lá que eu empinava meus lindos papagaios “guinadores”, com linhas enceradas com “cerol de ácido pícrico”; pegava pião na unha; jogava bola na rua, com bolas de meias de mulher; jogava petecas de aço; jogava pedra em mangueiras; eu nada mais era que um verdadeiro “cão chupando manga”. Mas -- “Ah! que saudades que eu tenho da aurora da minha vida...”.

Em Belém chove um dia sim, outro também. E quando se marca um encontro, a pergunta é: "Antes ou depois da chuva?".  É uma chuva “grossa e curta”, lágrimas das pesadas nuvens que cobrem toda Belém do Pará, e que choram suas redondas lágrimas lá pelas duas da tarde. Chove quase todos os dias; mas Belém nunca vira um rio, como vira o Rio de Janeiro.

O Jambu é uma erva usada no tacacá, meus deliciosos tacacás, que deixa os lábios da gente completamente dormentes. Dizem as mais novas, lindas e modernas meninas paraenses que o Jambu tem poderes “afrodisíacos”; seria uma espécie de “Viagra Feminina”, capazes de prolongar certos movimentos peristálticos “nos segredos” das mulheres. É o que dizem as línguas más, longas e viperinas...

Peço a Deus e à milagrosa e virgem e santa Nossa Senhora do Círio de Nazaré que mantenha todas as nossas velhas tradições, e que nunca substituam as folhas de Jambu, por folhas de ervas de maconha (erva maldita que vira a cabeça de mulheres e homens e que vai virar o Uruguai de cabeça para baixo) no nosso tradicional tacacá!

Coronel Maciel.

 

 

 

 

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