sábado, 19 de abril de 2014

Ai, da Base...


“A mulher de César não basta ser honesta; tem de parecer honesta; tem de estar acima de qualquer suspeita.”

A expressão surgiu após um grande escândalo pornô acontecido na Alta Roma, por volta dos 60 antes de Jota Cristo. Teria o grande Júlio, ditador de Roma e dono de mais de meio mundo, levado um grande e pontiagudo chifre histórico?

Pompéia, linda e desejada mulher de César, tinha um nobre admirador, que se chamava Clódio. Clódio, na ânsia de alcançar seu justo objetivo, se disfarça de mulher e adentra no Palácio de César. Ora, o Palácio era muito grande, e o jovem e galante romano acabou se perdendo pelos corredores. Foi descoberto pela sua voz e a partir daí começou uma enorme onda de boatos. Roma inteira ficou indignada com tamanhas sacanagens.  Clódio é preso e levado às barras dos tribunais. César, corno manso e traído (até tu César?) também é convocado para prestar sérios esclarecimentos. Em seu depoimento, declara não acreditar no que se murmurava sobre sua mulher, a quem jurava a mais completa inocência.

O penetra acaba sendo absolvido. César, apesar de ter se mostrado confiante na integridade da sua amada, passa a repudiá-la. Questionado posteriormente por ter agido de forma tão contraditória, o ditador explicou assim seu procedimento: -- Não basta que a mulher de César seja honrada; é preciso que nem sequer seja suspeita!

Ora, não pegava bem a tamanha figura política como ele, que a plebe rude ficasse murmurando coisas sobre sua mulher, e pelas costas, ela sendo inocente ou não inocente, completa sabiamente o meu velhíssimo barbeiro.

Nos meus belos dias, aspirante-aviador, dono de uma linda lambretinha, eu frequentava (não sei se vocês também) as casas “suspeitas” aqui de Natal, que eram muitas.  Amigo meu, pilotaço como eu, e dono de fabulosa “perna de mesa”, respondia às suas admiradoras quando reclamavam das suas bravíssimas arremetidas:- - Ora não meta tudo! – Paguei!!!!

Uma vez, a apaixonada de um lindo aspirante- aviador, de olhos azuis-esverdeado, carioca e ainda bronzeado do sol abrasador do Arpoador, na hora “H”, traidora e esquecida do nome do seu belo e amado ditador, gemia, delirando:- - Ai, da Baaaaaase... kkkkkkkkk.

Boa Páscoa para vocês todos!

Coronel Maciel.

Nenhum comentário: