sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Sem estrelas para nos guiar.


Numa fria manhã de março de 64, o Comandante do Destacamento Precursor da atual Academia da Força Aérea; quando eu era um segundo tenente aviador -- lindo; novinho, motor à pleno,  cheio da mais linda mocidade (hoje eu seu que mocidade tem cura...); que só sabia voar, voar e voar; amar, amar e amar... kkk --  ordenou àqueles que  fossem “contra”, que saíssem de forma. Seis ou sete gatos pingados assim o fizeram; outros, os mais sonsos, os mais perigosos e falsos preferiram se esconder entre os que perfilaram a favor do Brasil.

O mesmo acontecia nos quartéis do Brasil inteiro. Entre os comunas mortos e feridos salvaram-se todos! Alguns foram cassados; outros se dizem “torturados”, injustiçados. Outros, depois de dedurarem pais, irmãos, irmãs, namoradas, amigos, “companheiros”; depois de arrependidos -- cometeram o suicídio.  

 Mas todos se deram bem; e muito bem. Fizeram um grande “investimento” e hoje “deitados na cama” estão por aí, condecorados, paparicados, endeusados. Todos ricos. Riquíssimos. Os mais espertos, os mais velhacos, os mais vadios tornaram-se “presidentes” desta república de bananas. Os filhotes desses ratões, são os que estão hoje denegrindo, abusando, e que não se cansam de agredir covardemente as nossas Forças Armadas, o braço forte e amigo de todos os brasileiros!

Foi preciso que o nazismo e o comunismo terminassem para que pudéssemos entender e compreender o que Franz Kafka queria dizer nos seus livros, cheios de castigos enigmáticos e culpas indecifráveis. “A Metamorfose”, que descreve o absurdo que é acordar e saber-se transformado num inseto. “O Processo”, que descreve a injustiça sofrida durante a vida inteira por “Joseph K”. Assim também serão necessários  algumas dezenas de longos anos para que os nossos filhos e netos possam entender o que era o Brasil antes e depois de 64. 

Nesses dias que antecedem mais uma dessas repetitivas eleições; quando sempre as mesmas caras, os mesmos nomes; com suas sempre mesmas promessas demagógicas e enganadoras; e “sem estrelas para nos guiar”, é bom que os nossos filhos e netos, os nossos mais incorruptíveis, inflexíveis e inexoráveis julgadores  saibam que  continuaremos sempre atentos; sempre prontos para o serviço e sem medo de risíveis ameaças. Para que no futuro eles não venham nos dizer:- - Que país  é este que vocês nos deixaram?

Coronel Maciel.

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