quinta-feira, 21 de abril de 2016

A história não fala dos covardes.

Nunca matei nem nunca torturei ninguém. Nem eu nem a imensa maioria dos militares das nossas Forças Armadas.  Nem os militares de hoje nem os militares “de ontem”.  Não tenho medo de dizer, e agora falo tão somente em meu nome, que não admito, nem nunca admitirei -- depois de haver dedicado minha vida inteira aos serviços da pátria -- ser chamado de torturador, gorila, assassino, como estão sendo chamados, tanto aqueles que dedicaram suas vidas combatendo terroristas nos “DOI-CODIS” da vida, como outros como eu que passamos dias, noites, meses, anos exercendo as mais variadas funções e maneiras de bem servir à pátria.
Mas é humilhante é covardia aceitar calados e ouvindo a vida inteira perguntas de nossos filhos e netos, como estão ensinando tanto nas escolas mais humildes como nas maiores Universidades, “se nós ainda somos ou se fomos torturadores”. É terrível, é humilhante sermos indagado assim, tanto por amigos, e o que é pior, por filhos e netos.
 Daí eu dizer que não tenho nem nunca terei medo de dizer que muito pior que os “DOI-CODIS” são os “Paredons” que até hoje fuzilam cubanos que não rezam pela cartilha comunista.  E, se não fossem eles; se não fossem os “DOI-CODIS”, o Brasil estaria hoje transformado numa imensa Cuba, e dona Dilma estaria hoje, em vez de ir chorar suas “lágrimas de crocodila” em Nova York, comandando “Pelotões de Fuzilamento”. Por que não punir com o mesmo rigor com que querem punir o Bolsonaro, punir também dona Dilma e seus asseclas que até hoje enviam bilhões do nosso suado dinheirinho para manter em atividade os “Paredóns” em Cuba?
Não sei se o Bolsonaro pertenceu aos efetivos do “Doi-Codi”. Mas sei que ele não tem medo de enfrentar, sozinho, a ira dos que não gostam daqueles velhos coronéis e generais, hoje tão esquecidos nos seus humilhados túmulos, e que até hoje nos ofendem com os mais humilhantes adjetivos pejorativos e tão poucos qualificativos. Mas também acho que muitos daqueles que pertenceram aos “DOI-CODIS”, e outros órgãos de “Operações de Segurança e Informações”, e que, com muita razão, foram beneficiados com “Comissões no Exterior”, e hoje, para não usar um termo mais agressivo, estão “caladinhos” deixando o Bolsonaro lutando sozinho contra esses “filhos das putas” que escaparam das “torturas” e que hoje estão ocupando os melhores e mais bem remunerados cargos neste Brasil que eles não se cansam de explorar, de roubar, de ofender, de torturar.
Quando na ativa, o Sarney mandou me prender por quinze dias, sem fazer serviço, por haver-lhe dito algumas verdades pouco palatáveis pro seu gosto. Hoje na reserva, velho, reformado, não tenho medo de dizer algumas outras verdades, que muitos não têm coragem de dizer.
Coronel Maciel.


Um comentário:

Coronel Maciel. disse...

Verdades que muitos precisam ficar sabendo. O “ator” Mario Lago, “ordenava” que todos mentissem ao sair dos “DOI-CODI” dizendo que haviam sido barbaramente torturados, como afirma a jornalista Mirian Macedo, que disse ter sido terrorista na juventude, que foi presa, mas que “mentiu” durante 30 anos dizendo que havia sido torturada.