terça-feira, 7 de novembro de 2017

ENEM na Escola Preparatória de Cadetes do Ar!

ENEM na EPCAR!
Perdi as melhores oportunidades na FAB por “minha culpa, minha máxima culpa”. Uma delas aconteceu na “Embarcada”, infeliz ocasião quando me desentendi com um “mais antigo”, quando o mandei “pra bem longe” e, como castigo, fui parar na EPC, em Barbacena, quando fiquei conhecendo o Brigadeiro que mais me impressionou durante meus saudosos anos na FAB; o Brigadeiro Camarão.  Às vezes o Camarão me chamava para conversar após o expediente.  Ainda mais depois que ficou sabendo que eu era paraense; e paraense da gema! O Camarão era um apaixonado pela Amazônia. Então, eu lhe respondia que eu só me tornei oficial da FAB porque fui para o Rio terminar a quarta série ginasial, quando também frequentei um cursinho preparatório, em Cascadura. Estudava direto, sem parar e sem descanso. Era o ano de 1956. Dizia-lhe eu: -- Brigadeiro, não tivesse sido assim, eu estaria até hoje empinando papagaio, jogando peteca, pegando pião na unha, criando galos de briga, jogando peladas nas ruas da minha querida cidade morena. Naquela época, em Belém, ninguém sabia informar direito como ingressar na FAB. Foi quando ele ficou pensando, pensando; me olhando com aquele seu olhar inteligente e perguntou se eu “topava” pegar um T-6 e ir fazer propaganda da Escola pela Amazônia. -- Aceitei na hora! -- Ainda mais quando ele disse que eu podia demorar o tempo que eu achasse necessário. Decolei com o meu T-6 abarrotado com tudo o que havia sobre a EPC. Fui à São Luís, Belém, Santarém, Manaus, até Tabatinga, divulgando o máximo possível a Escola. Os pilotos meus conhecidos da FAB, que serviam em Belém, acostumados a voar em aviões maiores e melhor equipados, voando em “Catalinas”, um avião que podia virar “uma canoa” em caso de emergência, ficavam admirados como eu me atrevia a voar de T-6 pela Amazônia.  Antes dos pousos eu “quebrava o pau”, avisando da minha chegada! -- Nos ginásios, auditórios, escolas públicas, escolas particulares, até durante uma santa missa em Santarém, durante um sermão feito por um padre amigo meu, lá estava eu fazendo propaganda da Escola. Dizia às “crianças” que me ouviam, perguntando “se era eu quem havia feito aqueles rasantes”, e como eles poderiam se tornar também um verdadeiro “pilotaço” rsrsr.  Informava tudo direitinho, numa linguagem o mais acessível possível. Para encurtar a história: --Valeu a pena! No ano seguinte o Camarão me chamou para comemorar a grande quantidade de jovens paraenses, maranhenses, amazonenses que ingressaram na EPC. -- Muito bem, “Fura Bolo” -- Nunca tantos “Amazônidas” como este ano! Muito obrigado!
Grande Brigadeiro Camarão!
Coronel Maciel.



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