sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Operação Militar.

Operação Militar!
Já que é impossível dar o “reverso” no avião Brasil, prestes a “varar a pista”, e cair no abismo, deixe-nos pelo menos relembrar um pouco aqueles nossos velhos tempos, quando éramos felizes e não sabíamos. Num sábado de uma bela manhã, bela e muito fria, decolamos de BQ eu e o Tenente Tomé, num Beech “Mata Sete”, para Congonhas, onde nos esperavam dois professores e uma professora, todos franceses, convidados do Brigadeiro Camarão para uma Conferência para os alunos, professores e muitos convidados. Decolamos e, após alguns minutos, pane de motor. Informado do imprevisto, o Camarão me chama para um “particular”, e me “paga” uma missão quase impossível: ir buscá-los num “Regente”. Ora, o Regente vocês sabem como ele era. Perguntei: Mensagem à Garcia, Brigadeiro? Ele confirmou com aquele seu olhar de quem, digamos, confiava no “taco do subordinado”... rsrsr.  Pousei em Congonhas, ferindo todas as Regras de Voos Visuais e Instrumentos. Quando fui fazer o Plano de Voo, com os passageiros prontos para o embarque, fui informado que, por ordem superior, eu estava preso, impedido de voar. Ora, estávamos em plena “Revolução’, e só me restava uma única alternativa: colocar no Plano de Voo, “Operação Militar”! Decolamos e chegamos são e salvos em BQ, para alegria do Camarão. Mas, Brigadeiro, disse-lhe eu; vem bronca pesada por aí. Relatei todo o ocorrido, quando ele, sorrindo, então me disse: -- Deixe, comigo, Fura Bola; não se preocupe; e partimos todos juntos para o início de Conferência... kkkkk

Coronel Maciel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Servi em Belem como 2º Ten Av durante o periodo 74 inicio de 76 quando Brigadeiro Camarão era comandante do 1º Comar. Foi um dos melhores periodos de minha vida. Voavamos os c-47, as vezes lotados ate o banheiro, por todos os recantos da Amazonia, a tambem pernas para o Rio e S Paulo, Brasilia. Voamos muito e aprendi muito nessa epoca. Eram voos as vezes arriscados como vc sabe, sem auxilios a navegação, pousando em pistas feitas a beira de estradas etc, levando e lotando o avião com toneis de combustivel (Deus nos livre de monomotor, pois tive dois) e logicamente transportando carga e gente. Eram tempos, para mim, de aventura e de prazer. Sinto saudades disso tudo. Ha muito tempo ja não voo mais a não ser no meu computador. Hoje em dia o que precisamos é de mais "Brigadeiros Camarão" nesse pais. Homem de fibra, coragem e desbravador.