Velhos marinheiros.
Conversando com
pescadores, lá em Fernão de Noronha, isso naqueles velhos tempos quando eu, Capitão,
Oficial de Operações do ETA-2, Recife, costumava pernoitar naquela ilha tão “afrodisíaca”,
fiquei sabendo da existência, ali bem pertinho, do “Atol das Rocas”. Calculamos
o rumo e decolamos, eu e o Tenente Alcântara, rumo ao desconhecido... Depois de
uns trinta minutos de voo, a uns mil pés de altura, avistamos o Atol e baixamos
para um rasante no nosso decidido Dakota C-47, cheio de passageiros (falo baixo
p’ra ninguém ouvir rsrs), quando levamos o maior susto, surpreendidos por
centenas, talvez milhares de aves marinhas, que naturalmente também estavam
surpreendidas e “apavoradas” com o súbito aparecimento da nossa ave gigantesca,
aves que se alimentavam de pedaços de tartarugas que eram devoradas pelos
tubarões, “aprisionados” no Atol, durante a “maré baixa”. Sobrevoando o Atol,
que tem um raio, talvez, de uns dois mil e quinhentos metros, ficamos observando
aquela verdadeira luta pela sobrevivência nos mares, tal e qual a nossa luta
pela sobrevivência na terra! Aproamos
Natal, sempre a mais ou menos mil pés, e já bem próximo à essa linda, lindíssima
cidade, sobrevoávamos essas pequeninas embarcações de pescadores, e quem sabe
alguns deles sejam esses velhos marinheiros que hoje conversamos fiado no velho
“Canto do Mangue”... kkkk
Coronel Maciel.
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