sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Velhos Marinheiros.

Velhos marinheiros.
Conversando com pescadores, lá em Fernão de Noronha, isso naqueles velhos tempos quando eu, Capitão, Oficial de Operações do ETA-2, Recife, costumava pernoitar naquela ilha tão “afrodisíaca”, fiquei sabendo da existência, ali bem pertinho, do “Atol das Rocas”. Calculamos o rumo e decolamos, eu e o Tenente Alcântara, rumo ao desconhecido... Depois de uns trinta minutos de voo, a uns mil pés de altura, avistamos o Atol e baixamos para um rasante no nosso decidido Dakota C-47, cheio de passageiros (falo baixo p’ra ninguém ouvir rsrs), quando levamos o maior susto, surpreendidos por centenas, talvez milhares de aves marinhas, que naturalmente também estavam surpreendidas e “apavoradas” com o súbito aparecimento da nossa ave gigantesca, aves que se alimentavam de pedaços de tartarugas que eram devoradas pelos tubarões, “aprisionados” no Atol, durante a “maré baixa”. Sobrevoando o Atol, que tem um raio, talvez, de uns dois mil e quinhentos metros, ficamos observando aquela verdadeira luta pela sobrevivência nos mares, tal e qual a nossa luta pela sobrevivência na terra!  Aproamos Natal, sempre a mais ou menos mil pés, e já bem próximo à essa linda, lindíssima cidade, sobrevoávamos essas pequeninas embarcações de pescadores, e quem sabe alguns deles sejam esses velhos marinheiros que hoje conversamos fiado no velho “Canto do Mangue”... kkkk

Coronel Maciel.

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